terça-feira, 29 de julho de 2014

Tangerino

Os Cabocos do Sertão


Boiadeiro


Nas Correntes de Alguns dos Juremeiros temos um Mestre que muitos o chama de Caboclo, mais é o caboco do Sertão são uma das 3 profissões com o manejo do Gado, vamos falar de cada uma delas. 

Ciclo da Pecuária


O Ceará era habitado ancestralmente por indígenas dos troncos Tupi (Tabajara, Potiguara, Tapeba, entre outros) e Jê (Kariri, Inhamum, Jucá, Canindé, Tremembé, entre outros), cujas tribos ainda hoje denominam vários topônimos no Ceará
A pecuária chegou ao Brasil no século XVI, na época das capitanias hereditárias, por Tomé de Sousa, encontrando condições favoráveis ao seu desenvolvimento. Esta veio com o propósito de transportar cargas e pessoas, e de movimentar os engenhos com os chamados trapiches (força motriz).
No século XVII, com o maior desenvolvimento da cidade de Salvador, o gado foi, naturalmente, levado a regiões mas afastadas: da Praia do Forte até a região de Feira de Santana (referências atuais).
Além disso, a pecuária estava vinculada à economia de subsistência, fornecia couros e carnes para o consumo interno das grandes propriedades. Esse foi um grande passo para o começo da primeira grande comercialização interna da colônia.
Fator essencial no povoamento de novas terras, o gado, no início, era propriedade dos donos de engenho e somente em meados do século XVII surgiu a figura do proprietário da fazenda de gado.
Foi nessa época, também, que o gado tomou a direção do interior, com uma estrutura baseada na grande propriedade, no trabalho livre e assalariado e na técnica extensiva, com a descoberta do ciclo do ouro.
Outras frentes colonizadoras surgiram com a instalação da pecuária na capitania através dos “sertões de dentro” e “sertões de fora”, com levas oriundas respectivamente da Bahia e de Pernambuco.
Vilas como Icó, Aracati, Sobral (ceara) e outras surgiram do encontro de rotas do gado tangerino, que era levado até as feiras ou fregueses. Mais tarde, o custoso transporte do gado perdeu importância para a produção da carne de charque que, no final do século XVIII,

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Tangerino


É o Homem calmo que buscava no porto ou nas localidades onde encontrava os Gados chegados nas capitanias, como no Grato e tangendo a Itabuna exemplo.
O Tangerino seguia à Pé Tangendo o Gado pelo Sertão de um ponto ao outro, O Tangerino tinha que ser um Homem Calmo, pois o Gado já era teimoso.
No meu caso em questão (Mestre Neto) nas minhas correntes eu tenho é um Tangerino por nome Mestre Tangerino Zé Ferreiro;

Uma de suas cantigas e ou Lírios fala assim:

Do Crato a Itabuna
É uma grande jornada,
É Gado para Tanger
È meu cavalo na malhada.
Mas se eu tiver um bom trago
Um cachimbo e uma Mulata,
Não se ver o dia passar
nem se morre na jornada.
Ê, ê, ê, ê meu boi não cansa.
Seu Zé Ferreiro quando vem só para em Bragança. 

Mestre Tangerino Zé Ferreiro, é um mestre que era um eximo montador de cavalos, o que diferencia ele dos demais Tangerinos, que gostava também das Vaquejadas mais era a sua profissão Tangerino, os outros seguia à Pé pelo Sertão do Ceara, a Bahia, na Paraíba que era o seu estado, onde tinha trabalho lá esta ele.
As suas profissões, do Mestre Zé Ferreiro eram de ser um Tangerino e Ferreiro, puxava um gírio com dois, Balaios e embornal com ferramentas que por onde passava da auxilio também de sua outra profissão além de ervas e garrafas e algum objetos que leva por encomenda das capitanias das vendas ou do “costume” como se falava na época.            Seu nome era Zé Ferreira conhecido por Tangerino Zé Ferreiro, não vamos confundir com o cangaceiro Zé Ferreiro.
A pronúncia é gírico, mas a escrita é gerico, que é sinônimo de jumento, fazendo-se a associação com ‘burro’, desprovido de inteligência e no caso de instinto de sobrevivência, já que os animais reagem através dele.
O jerico é um animal explorado em função de sua força, mas é meio teimoso.
Você já deve ter ouvido falar, ‘empacou feito um jegue’ e ‘teimoso como uma mula’. Todas essas referências são pejorativas em função das características do animal.
O Tangerino uma profissão que se acabou rapidamente pelo progresso, mais ficou a sua História sofrida pelos sertões e catinga, A Figura do Tangerinos são pessoa muito calmas, que em seus jacas e balaios arrastando o forte e teimoso gírico, levava presente para os índios que encontrava pelo caminho para tê-los como amigos.
Municípios do Estado da Paraíba, surgiu em meados do século XVIII, quando a região servia de pousada para os mercadores e Tangerinos de Gado que praticavam o comércio entre Mamanguape que na época era conhecida como Monte Mor, Guarabira e os sertões da então província da Paraíba. Alguns desses mercadores estabeleceram relações de amizade com os índios Guandus e fixaram-se num lugar conhecido como Rio dos Araçás.
Fazia na verdade que depois de sua profissão foi extinta surgiu o caixeiro viajante. Porem os Tangerinos era Em Juremados pelas os Pajé de uma Tribo que pega mais afeição, e na sua passagem o bravo e sofrido mestre se encanta no reinos da Jurema Sagrada.
O Tangerinos vestia calças de couro, gibão de couro, para peito, (uma espécie de colete só com a frente que cobria abaixo da cintura ao pescoço), e o chapéu de couro, roupas mas com o tom da cor da terra para ser mais fácil de lavar quando encontrava água para o gado. 

Boiadeiro


Os Boiadeiros da se o  início de seus trabalhos quando Terminava a do Tangerinos, porem como a figura do Tangerino não tinha mais, o Boiadeiros passou a levar o gado para venda de uma fazenda para a outra.
As Atividades com a lida do Gado em modo geral eram de sua responsabilidade, nas horas de folga, bebia uma cachaça ganhado do Coronel dono do Engenho. E cantava a saudade que tinha de sua terra e ou sua amada.
Os Boiadeiros são muito unidos pelo motivo que todos sabem o sofrimento do outro, vai na lida juntos, e todas horas boas e ruins, são irmãos um do outro de coração.
Na Colonização do Brasil os produtores de  açúcar, de depois o alambiques cujo o qual quem descobriu por acidente a pinga foi os escravos, que moeu muita garapa e  depositou nos cochos, e essa fermenta, com medo da chibata leva ao fogo para fazer a rapadura ou o açúcar, e como tudo isso era feito em lugares fechados, o valor do caldo da  cana subia e caia em suas costas cortada pela a chibata e assim ardia, dai o nome água ardente, o senhor do engenho chegou na senzala tava todos cantando e muitos alegre, notou que aquilo era embriagues, mais como se estava fechados e não tinha bebidas para tantos negros assim, então a nossa cachaça, ou pinga foi descoberta assim para a alegria dos Boiadeiros que o mais o consumia.
Utilizando a força animal do boi por excelência, para cuidar das boiadas e de outros animais do pasto, nasceu dessa atividade um tipo característico conhecido pelo nome de Carreiro ou Boiadeiros.
O Boiadeiro é antes de tudo um homem forte, Másculo, Ingênuo, Respeitador, Humilde, Corajoso, Namorador, Sincero, Companheiro, morava, nas fazendas e engenhos era muito festeiro.
Suas predileções eram: Gostava de um bom Alazão, De sua Rede, A Goiaca, Maringa, Uma sela Bonita, um Colete de Couro enfeitado, Chapéu de Couro, É um Céu cheio de Estrelas, Um Berrante, Alguns tinha a sua Rebeca e um instrumento de corda parecido com a viola.
Seus Lírios falam de suas Trajetórias e Alegria, notamos que o Boiadeiros quando manifesta nas giras, ele são alegres, e canta invocando os seus irmãos e companheiros para relembrar os seus tempos, conversa entre si, canta desafio um para o outro, bebe juntos ate ficar embriagados e deixa o terreiro com um ar de Paz e alegria com que compartilha a sua presença.

Lírios (cantigas):

1.

A Minha Faixa É Vermelha, Meu Cavalo É Alazão,
Tenho O Meu Chapéu De Couro, A Minha Guiada Na Mão.

 2.

Meu Chapéu De Couro, De Deus E Abençoado,
Oi Daí Me Licença Meu Senhor
Pra Entrar No Seu Reinado.

Suas cantigas tem uma sequencia de sua Histórias e Objetos que gostava, que lembra o seu tempo, e referências a sua força na espiritualidade

Vaqueiro


O Vaqueiro é a figura do Homem forte, corajoso, totalmente destemido, valente, de palavras certeiras, muito franco, lealdade, não temia a Morte e o Inimigo era o seu brinquedo.
O Vaqueiro era o Homem criado solto sem patrão, quando o senhor de engenho, queria reunir o seu gado no meio da catinga, pois naquela época o gado em sua maioria era criado solto na brabeza, pois não havia cercas dai o gado totalmente selvagem, não poderia ter medo tinha que ter essas características, pois os fracos eram mortos pelo gado bravo, dai surge a Vaquejada.

História


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Na época dos Coronéis, quando não havia cercas no sertão nordestino, os animais eram marcados e soltos na mata.
Depois de alguns meses, os Coronéis reuniam os peões (vaqueiros) para juntar o gado marcado.
Eram as pegas de gado, que originalmente aconteciam no Rio Grande do Norte. Montados em seus cavalos, vestidos com Gibões de Couro, estes bravos vaqueiros se embrenhavam na mata cerrada em busca dos bois, fazendo malabarismos para escaparem dos arranhões de espinhos e pontas de galhos secos.
Alguns animais se reproduziam no mato. Os filhotes eram selvagens por nunca terem mantido contato com seres humanos, e eram esses animais os mais difíceis de serem capturados.
Mesmo assim, os bravos vaqueiros perseguiam, laçavam e traziam os bois aos pés do coronel. Nessa luta, alguns desses homens se destacavam por sua valentia e habilidade, e foi daí que surgiu a ideia da realização de disputas.
O Rio Grande do Norte é apontado como o estado que deu o primeiro passo para a prática da vaquejada. A cidade de Currais Novos-RN é o berço das vaquejadas, essa tradição é mantida até os dias atuais, em Currais Novos RN todos os finais de semana tem Vaquejada, é muito comum os pátios nas fazendas e até mesmo na zona urbana.
No Nordeste, desde a colonização, o gado sempre foi criado solto. A coragem e a habilidade dos vaqueiros eram indispensáveis para que se mantivesse o gado junto.
O vaqueiro veio tangendo os bois, abrindo estradas e desbravando regiões. Foram eles os grandes desbravadores do sertão nordestino, e muito especialmente do sertão do Seridó, região cheia de contos e lendas de bois e de vaqueiros.
O Caboco Vaqueiro Mestre José Avelino ou Zé Tomba Serra, no Discípulo Juremeiro Graúna, conta a sua historia e perseguição que tinha por pessoas que os invejarão a sua boa sorte, pois a vaquejadas nos engenhos era bem compensado, dai atraia muitos inimigos, os vaqueiros em sua maioria eram mestiços ou índios, é claro que não é uma Regra isso e na maioria.
O Caboco Vaqueiro Mestre José Avelino e um Homem Valente, destemido e por ser descendente de índio, e aprendiz da bruxaria européia, possuía rezas braba como se falava na época, casou e obteve filhos, e foi passado para a Jurema se encantando em um Mestre Esquerdeiro Zé Avelino o Tomba Serra.

Lírios: 

Eu Tenho Meu Chapéu De Couro,
Eu Tenho Minha Guiada,
Eu Tenho Meu Lenço Vermelho,
Pra Tocar Minha Vaquejada.

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